Com estrutura inovadora, Governo de MS mantém investimentos que garantem ensino de qualidade
Outubro 6, 2025Na sala de aula e nos demais ambientes das escolas da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, alunos e professores vivenciam as melhorias proporcionadas pelos investimentos do Governo do Estado, que garantem ensino e merenda de qualidade, além de estrutura física e tecnológica inovadoras.
É na rotina escolar que estudantes e docentes usufruem de metodologias que auxiliam no processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para um ambiente saudável e garantindo uma experiência significativa para todos os envolvidos.
A Escola Estadual Sebastião Santana de Oliveira, no Bairro José Abrão, em Campo Grande, tem 250 alunos em período integral. A rotina escolar inclui aulas de robótica e também um dia de incursão na área rural, local onde parte dos alunos mora. As ações são desenvolvidas para aproximar os estudantes e proporcionar novas experiências que auxiliam o aprendizado.
“A grande maioria dos alunos mora nas redondezas. E aproximadamente 40% são da área rural, porque é a escola mais próxima para aqueles que estão no Ensino Médio. Com isso, e aliado a necessidade de aquisição de produtos da agricultura familiar para compor a merenda, desenvolvemos um projeto para aproximar os alunos da cidade com os do campo. É uma atividade realizada a cada semestre, e quando esses estudantes que vivem na área rural podem mostrar o dia a dia para os colegas da escola”, afirmou o diretor, Domingos Nogueira.
A experiência já trouxe mudanças para a perspectiva daqueles que só conheciam a área urbana e para os alunos que tiveram a oportunidade de apresentar o campo aos demais. “Meu pai tem um laticínio, na casa da minha vó tem vaca leiteira e meu avô está iniciando a produção de cebolinha e alface. Então eu mostro para os colegas, muitos não conhecem nada, e acabam aprendendo coisas novas. Por isso é bom que o projeto continue”, disse o aluno do Ensino Médio, Douglas Ferreira, 15 anos.
A escola passou por reforma completa – que durou 12 meses – e o retorno dos alunos e professores ao prédio, que foi totalmente reestruturado, aconteceu há um ano. “ Mudou muita coisa, principalmente em relação a climatização. Ter as salas com ar condicional foi o maior impacto para todos. Inclusive percebemos uma evolução dos alunos na questão da aprendizagem e da disciplina. Além da estrutura física como um todo”, disse o diretor.
Para os alunos, essa foi a grande melhoria proporcionada pela reforma e na rotina escolar, as diferentes formas de aprendizado também são lembradas. “Um dos pontos positivos da reforma foi a melhoria da horta da escola, que é usada para a aula de agroecologia. Então foi muito bom para todos”, afirmou a aluna Mariana Ramos, 17 anos.
Com métodos já utilizados ou novas tecnologias, todos os avanços são observados pelos alunos. “A aula teórica dentro de sala é boa, mas para de certos tipos de aprendizagem é sempre melhor ter uma aula mais divertida”, disse o aluno do 8° ano, João Gabriel da Silva, 12 anos.
A escola segue a expectativa, com o aprendizado estimulado pelas tecnologias que contribui também no comprometimento dos alunos. E é na sala de tecnologia e nas aulas de robótica que o empenho acontece de forma intensa. O professor relata que muitos dos estudantes passaram a compreender melhor os conceitos de física e matemática com as aulas práticas que incluem a construção de robôs.
“Eu incluí a robótica dentro do conteúdo de física. Quando tem estímulo, os alunos demonstram mais interesse. O trabalho inclui experiências, inclusive na sala de tecnologia e isso gera um interesse maior do que as aulas tradicionais”, disse o professor de Física, Leonardo da Costa.
Nas aulas de Física, os alunos constroem robôs a partir de peças de montar, que por meio de programação, executam funções e tarefas específicas. “Parte do problema é referente a programar as funções do robô. E além disso, os alunos também desenvolvem jogos. Em breve eles vão aprender sobre drones também”, explicou o professor.
Mudanças e investimentos
E na área central da Capital, na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, a tecnologia também está presente em todas as salas de aula, com lousas digitais que facilitam a interação do professor e dos alunos.
“Desde que instalaram as lousas digitais fixas na sala de aula, todo o trabalho ficou mais fácil. É excelente ter acesso a recursos básicos, como projetar um texto ou até entrar na internet para buscar algo interativo para o aluno, na hora. Ampliou as possibilidades, a gente consegue passar um filme, música”, disse a professora de espanhol, Ruth Bobadilha.
Além do melhorar o ensino e a aprendizagem, os investimentos em diferentes áreas também mostram a valorização do profissional da educação pelo Governo do Estado. “Eu me sinto muito valorizada porque o governo está olhando para a nossa escola, para os nossos estudantes e para o professor, vendo as nossas necessidades. Nós precisamos desses recursos para trabalhar, para prender a atenção dos alunos, que são totalmente midiáticos. E ter esse recurso tecnológico, a lousa, sala de tecnologia, eu acho que ajuda muito no sentido de a gente prender a atenção desse aluno e não ficar só no canetão e na lousa”, afirmou a professora.
Mas os recursos são diversos, e também incluem o contato com a terra, em atividades semelhantes as desenvolvidas na escola da periferia. Em um espaço na área da unidade, o diretor Márcio Cossato, conseguiu – com o apoio de professores, funcionários e dos alunos – instalar uma horta e pomar, que fornece temperos para as refeições e ajuda a desenvolver projetos de aprendizagem.
“A escola de tempo integral é uma escola muito viva. Todos os dias nós temos uma atividade, um projeto sendo desenvolvido. E um dos principais deles, que os alunos se identificaram, é o projeto do Clube da Horta, no qual eles têm contato com a terra, conhecem todo o sistema de plantio, colheita, e a hortaliça que produzimos é inserida na alimentação da escola. Isso é muito significativo para toda a comunidade escolar”, disse o diretor.
O envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem contribui com experiências significativas para todos. “O investimento feito pelo Governo do Estado para as escolas da rede estadual é diferenciado. A estrutura é muito boa, de qualidade, com recursos humanos, salários, então a escola agradece e o aluno também sente essa diferença. É realmente um trabalho de parceria”, disse Cossato.
Com diferentes formas de interação, e oportunidades para o desenvolvimento educacional, os alunos também elogiam a organização escolar. “Eu gosto das oportunidades que a gente tem de fazer esportes nas horas livres. E os professores incentivam a nossa autonomia para fazer as coisas. Temos muitos projetos, que podemos até fazer por conta própria, deixam a gente se guiar”, disse a aluna do 2° ano do Ensino Médio, Ana Clara Pirani, 16 anos.
Até mesmo um ponto de discussão relativo ao uso do celular na escola – que é proibido –, a estudante avalia como algo positivo. “No dia a dia quando a gente não pode usar o celular os professores normalmente marcam horário na sala de informática e a gente usa os computadores. E o celular não faz tanta diferença, não faz falta. Já nos acostumamos, ficou até melhor para estudar, para se concentrar mais e principalmente para socializar”, opinou Ana Clara.
Todo esse processo também influenciou na participação dos alunos no clube da horta, onde se envolve nos cuidados com a plantação. “É um senso de responsabilidade para os alunos, que gostam de conversar e acabam se distraindo por conta do contato com a terra. Muitos começaram a fazer horta em casa por conta do trabalho na escola”, disse a professora de matemática, Vanessa Lanzoni, responsável pelo projeto.
Com um pomar com mais de 50 variedades de árvores frutíferas, além da horta, o espaço também serve para pesquisas aulas de diversas disciplinas. Tudo cuidado pelos alunos e professores, com a ajuda de um funcionário, que trabalha na escolha há 24 anos. “É muito bom, é um aprendizado para os alunos. Muitos não conhecem as plantas e aí eu ajudo eles a plantarem, mostro como se faz”, afirmou José Luiz Rodrigues, 72 anos.
Estrutura
Mato Grosso do Sul tem com 348 unidades escolares, 75 em Campo Grande e outras 273 em todos municípios do interior, com 187,5 mil estudantes. A oferta de ensino em tempo integral está presente em todos os 79 municípios, com 213 unidades – 62% das escolas da REE, com atendimento a 39 mil estudantes.
Além disso, a REE conta com mais de 100 extensões escolares. Juntas, essas escolas e extensões são responsáveis por atender mais de 190 mil estudantes, distribuídos entre turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e cursos da Educação Profissional.
A Rede Estadual de Ensino oferece 68 modalidades de cursos da Educação Profissional, criadas com o objetivo de atender às demandas específicas de cada região. Atualmente, esses cursos estão presentes em todos os municípios do Estado e atendem a mais de 43 mil estudantes matriculados.
Além das ofertas dentro da própria Rede, foi firmada uma parceria com entidades como o Senai para expandir a oferta de cursos e beneficiar o maior número possível de jovens dessa faixa etária. Um exemplo disso é o Voucher Desenvolvedor 2024, que reservou 400 vagas, das 540 disponíveis, para estudantes da Rede Estadual de Ensino do 2° e 3° ano do Ensino Médio.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Rezende/Secom